sexta-feira, 6 de junho de 2008

A criação

A monotonia de ser único. A criação é um momento de desenfado – deus, enfadado da sua interioridade, exterioriza-se.

E deus viu que assim era bom. Porque naquele momento sucedeu o que é impensável acontecer a um deus, a experiência da finitude.

No último dia da criação, deus contemplou e estabeleceu e santificou um período de descanso.

Deixou-se adormecer, experimentando um novo estado de tranquilidade, e murmurou: “eu sou o que sou”.

No criador, no artista, o eu é o eu e os outros.